Borso del Grappa - Itália

Borso del Grappa - Itália
Borso del Grappa - Itália

Alojamentos

Os imigrantes eram alojados na precária hospedaria da cidade ou, quando possível, eram imediatamente colocados em um trem que, partindo do próprio porto, os conduzia até a cidade de São Paulo.
O governo do estado sensibilizado com as dificuldades encontradas pelos imigrantes que diariamente aportavam ao país criou a casa do imigrante, para receber todo o viajante que chegava. Ao aportar em Santos os imigrantes eram levados até São Paulo para serem alojados na Hospedaria dos Imigrantes.

 Lá eram registradas suas chegadas e encontravam as condições para se refazerem da longa viagem que foram submetidos. Ao chegarem à Hospedaria, os imigrantes dispunham de cuidados médicos, alimentação e um local para repouso, conforto material que dificilmente compensava as agruras de uma viagem tumultuada e, muitas vezes, trágica. Para o conforto espiritual contavam com uma capela e a outras religiões era facultada a liberdade de culto. Através de orações, cânticos e oferendas, aquelas pessoas conseguiam forças para continuar na nova vida que os aguardava e até mesmo para manter uma unidade cultural.

As dificuldades foram aos poucos sendo superada, a falta de dinheiro, a falta de provisões alimentícias, o entendimento da nova língua que teriam que dominar. 

Desembarque



A multidão amontoada no convés do navio olhava assustada para aquele grande porto onde atracava o vapor. O cais do porto ficava apinhado de gente. Crianças chorando, moços cheios de vida e de esperança pela nova terra. Aos poucos foram esvaziando todas as dependências daquela embarcação. Muitos se olhavam e perguntavam o que fazer, pra onde ir. Tudo era novidade. Sentiam-se totalmente perdidos. Sabiam que haviam deixado para o passado o país que nasceram, familiares, costumes de vida e todo o sentimento de sua terra, para abraçar a nova pátria. 

Principais causas da Imigração


Principais causas da Imigração
No principio do século XIX ocorreram grandes modificações políticas e econômicas na Europa. Terminada as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena – 1814/1815 – estabeleceu arbitrariamente novos estados, formas de governo e alianças, sem escutar os povos a eles submetidos.
Assim, a Itália se viu dividida em sete Estados soberanos, surgindo, em consequência, o ideal da unificação. Esta foi obtida apenas em 1870, graças à Vitor Emanuel II, O Primeiro Ministro Cavour  e o revolucionário Giuseppe Garibaldi. Terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substituído por uma dura realidade, batalhões de desempregados e camponeses sem terras não tendo como alimentar a si nem as suas famílias. A revolução industrial, com o advento das máquinas, substituíra o trabalho do homem, com muito mais lucro e perfeição.
A solução foi emigrar em busca de novas terras não exploradas e ricas.

Navios de grandes calados foram destinados para o transporte de imigrantes interessados pela nova terra. Durante a longa viagem não tinham quaisquer confortos. Muitos se misturavam com as mercadorias embarcadas. A viagem durava cerca de vinte e cinco dias para fazer a travessia do oceano Atlântico. As péssimas condições em que viajavam deixavam-nos doentes e fracos.

Imigrantes

A imigração tornou-se mais acentuada a partir de 1880, quando então se aproximava o fim da escravidão no Brasil. Devido à necessidade de mão de obra, muitos fazendeiros recorriam a outros países para preencherem as lacunas deixadas pelos escravos. A notícia correu o mundo levando as melhores imagens da possibilidade de aventureiros se enriquecerem com o trabalho em terras brasileiras. 

Alívio

Muitos imigrantes tiveram sua viagem subsidiada pelo Governo do Estado de São Paulo. Vinham embarcados em terceira classe, localizada nos porões dos navios, quase sempre superlotados. O grande número de passageiros e as péssimas condições sanitárias favoreciam a proliferação de doenças contagiosas, pois os porões eram escuros, úmidos e muito pouco ventilados. Ocorriam nascimentos e mortes durante a viagem. Como a viagem era longa, eram organizadas muitas festas e brincadeiras que distraiam os viajantes durante o percurso. A chegada ao porto de Santos sempre era um alívio aos passageiros após tantos dias no mar.

Chegada no porto

Ao avistar a nova terra, os imigrantes olhavam curiosos e também temerosos o que iriam encontrar. A grande ansiedade tomava conta de seus pensamentos. O sonho do progresso e da felicidade que poderiam destinar à suas famílias começava ali naqueles momentos. Desenhavam em suas mentes as propriedades que com seus trabalhos poderiam vir adquirir. Mas, não imaginavam as dificuldades que teriam pela frente.

A multidão amontoada no convés do navio, olhava assustada para aquele grande porto onde atracava o enorme vapor. O cais do porto ficava apinhado de gente. Crianças chorando, moços cheios de vida e de esperança pela nova terra. Aos poucos foram esvaziando todas as dependências daquela embarcação. Muitos se olhavam e perguntavam o que fazer, pra onde ir. Tudo era novidade. Sentiam-se totalmente perdidos. Sabiam que haviam deixado para o passado o país que nasceram, familiares, costumes de vida e todo o sentimento de sua terra, para abraçar a nova pátria.

Navio Provence

 

Este vapor trouxe ao Brasil no mês de março a Família Franzoni e no mês de novembro de 1.888 a Família Bérgamo.
O "Provence" foi construído por Forjas & Chantiers de la Mediteranee, em Seyne, França em 1884 para a companhia francesa, Societe Generale de Transportes Maritimes.  Embarcação de 3.874 toneladas brutas, largura de 12,89m e comprimento de 117,98m , um funil, três mastros, construção de ferro e aço, único parafuso e a uma velocidade de 14 nós.  Lançado em 1/4/1884, começou sua primeira viagem entre Marselha e America do Sul em
20/7/1884.  Permaneceu neste serviço até 1907 quando foi à linha de France-Amerique-Amerique e começou o corredor de Marselha a Spain e América do Sul.  Em 13/4/1918 fora torpedeado na costa espanhola durante a viagem entre Buenos Aires e Marselha e afundou-se em Palamos.  Mais tarde foi reflutuada e retornada ao serviço de França-América até 1927, ano em que foi desfeita no la Seyne.