Os imigrantes eram alojados na precária hospedaria
da cidade ou, quando possível, eram imediatamente colocados em um trem que,
partindo do próprio porto, os conduzia até a cidade de São Paulo.
O governo do estado sensibilizado com as
dificuldades encontradas pelos imigrantes que diariamente aportavam ao país
criou a casa do imigrante, para receber todo o viajante que chegava. Ao aportar
em Santos os imigrantes eram levados até São Paulo para serem alojados na
Hospedaria dos Imigrantes.
Lá eram
registradas suas chegadas e encontravam as condições para se refazerem da longa
viagem que foram submetidos. Ao chegarem à Hospedaria, os imigrantes dispunham
de cuidados médicos, alimentação e um local para repouso, conforto material que
dificilmente compensava as agruras de uma viagem tumultuada e, muitas vezes,
trágica. Para o conforto espiritual contavam com uma capela e a outras
religiões era facultada a liberdade de culto. Através de orações, cânticos e
oferendas, aquelas pessoas conseguiam forças para continuar na nova vida que os
aguardava e até mesmo para manter uma unidade cultural.
As dificuldades foram aos poucos sendo superada, a
falta de dinheiro, a falta de provisões alimentícias, o entendimento da nova
língua que teriam que dominar.